Olá amigos,Gostaria de dividir com vocês as etapas desse ultimo trabalho que fiz especialmente para o Salão de Volta Redonda.
E queria também falar um pouco do processo de estudo para esse trabalho, pois como todos sabem, sou autoditada e meu estudo em grande parte vem da ajuda dos amigos cartunistas com críticas e dicas e também de minhas pesquisas na internet e livros. A internet também é uma excelente opção para pesquisa de imagens para referência. E após a escolha das fotos da "vítima", começa o processo de esboço.
Nesse trabalho foram feitos oito esboços. Pois é, oito! E até comecei a finalizar um outro desenho, mas com uma técnica diferente e aí acabei deixando de lado para fazer esse que enviei. O esboço, conhecido também como rascunho ou sketch, é extremamente importante. Pois é nele que decidimos como serão as distorções, os formatos engraçados do camarada caricaturado. Mês passado li uma entrevista do cartunista Fernandes sobre seu processo produção das caricaturas e me chamou a atenção um comentário dele sobre o esboço. Ele disse que finalizar um esboço mal feito é a mesma coisa que pintar uma casa que tem estrutura ruim. O esboço é como se fosse a estrutura do desenho, o esqueleto. Lembro até de várias postagens do cartunista Ray Costa ano passado com uma série de esboços do mesmo caricaturado. Daí depois de fazer vários desenhos diferentes, ele escolhia o melhor deles e finalizava. Muito interessante.
O próximo passo é o acabamento que é tão importante quanto. Nessa parte se faz necessária a calma e atenção para não esquecer de nenhum detalhe. É engraçado, pois antes eu me preocupava muito com o tempo gasto em cada trabalho. E utilizava vários dias em uma caricatura e achava que estava demorando. Mas aprendi que o tempo é relativo. Não importava o tempo gasto em um trabalho, que pode demorar até meses, mas sim o resultado alcançado. Nesse trabalho eu gastei pouco mais de 30 horas na parte de acabamento. Pois é, hoje demoro mais que antes... Mas aprendo todos os dias, e a cada trabalho feito eu vejo detalhes que antes não via. A prática é a melhor amiga. E ainda aprendo a fazer texturas que antes pareciam impossíveis de se alcançar. Quero continuar aprendendo muito todos os dias e melhorando aos pouquinhos sempre. Quero também poder dividir com vocês essas alegrias e um pouco do que sei para que a arte siga crescendo em cada canto.
